O mundo gira, sobre si e sobre outros. Tal como a vida, tal como tudo. Ninguém é capaz de girar sobre tudo se não gira sobre o próprio e o contrario acredito que não passe de uma tentativa, falhada, de tentar-mo-nos isolar do que pode provocar dor. 

Perder magoa, ninguém gosta de perder um concerto, um dia de praia maravilhoso, muito menos uma pessoa. E, devido a isso, ninguém quer ter. É o individualismo a apoderar-se da mente humana. Lá está, se não tivermos, não perdemos, não é assim? Ora bem, perdes. Perdes o girar em torno do mundo, o girar em torno de tudo o que acrescenta á tua vida, no mínimo, 60% de beleza. 

Será que vale a pena correr o risco de perder alguém por 60% de beleza na vida? Basta olhares para a beleza que ganhas. Vê-te nela. 

Agora não sei se acredito nisto. É realmente chato perder alguém pela qual sentes o teu corpo tremer de amor, é, mas, racionalmente falando, vale a pena por tudo o que viste no mundo. Pelo abrir de horizontes que a pessoa te dá, por te conseguires descobrir melhor ao descobri-la. 

O mundo nao gosta de individualismo, se gostasse, limitava-se a girar sobre si. 

Saber estar sozinho é bom, é maravilhoso, mas nada foi feito para lidar com um tipo de solidão que vicia, que prende e que mata, lentamente. Mais lentamente e mais doloroso que este cigarro, que esta vida.