Sentada à beira do rio penso na falta que me fazes. É inevitável não sentir o salgado das minhas lágrimas. Gostava de partilhar os meus momentos contigo, a minha vida até.
Sentada à beira do rio lembro-me de como a vida corre, de como tudo continua apesar do caminho a seguir ser uma incógnita.
Lembro-me do teu riso, do teu beijo e do teu calor. Oh, como eles me faziam seguir um caminho tão bom. Tenho o sol a aquecer-me o corpo, mas não tanto quanto o teu me aquecia. Um calor tão estranho para descrever. Sinto que o mundo nao tem saudades minhas, nao precisa de mim. Em parte, grande parte até, é verdade, visto que tinha em ti o meu mundo e tu nao tens saudades da minha presença, nao precisas do meu calor. Quem me dera voltar a conhecer-te, voltar a dar-te tudo de mim só para sentir que me amas, para te ver sorrir de novo.
O rio leva-me a pensar que não voltas, porque ele corre, tal como a vida, tal como o mundo. E tu correste para longe de mim, correste para fora de mim tão rápido que nem tive percepção da tua saída, só quando de vi tão longe que não me podia agarrar a ti. Estas no mar, com as tuas ondas e marés e eu continuo aqui, sentada à beira do rio, a ve-lo passar.
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