13.9.13

Pontes, com amor

O amor levado ao seu expoente máximo traduz-se na maior das fraquezas, na mais pura da loucura e no mais insaciável coração. O ser apodera-se de algo que nem é visível, que não é possível agarrar com o máximo de afinco e segurança, sendo contrariamente, o que de mais poderoso e seguro há no mundo. 
Caracteriza-se levemente pela junção de algo escondido e profundo, no escuro do mais intimo. 
A ponte uniu-se, o caminho está traçado. Há troca de olhares, de sons, de gestos que, para os que estão no rio, não passa de uma insanidade e ingenuidade. Correm sobre ela mesmo sabendo que há o risco de desabar debaixo dos seus pés, mas confiam de que isso não vai acontecer. 
Cá por baixo, estão os pobres de alma, pobres em sentimentos vestidos de jóias e diamantes, incapazes de acreditar em algo transcendente ao físico, ao toque, ao material.
Os apaixonados são poucos, os loucos são poucos apenas porque há demasiado dinheiro no mundo. Quem vive sem ele, tem a maior das riquezas. Uma ponte, cada vez maior, entre dois corações. O amor.

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